Arquivo de Economia - ONE Investimentos https://homologacao.investimentos.one/category/economia/ Única, como a sua história Mon, 30 Oct 2023 16:25:54 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 https://homologacao.investimentos.one/wp-content/uploads/2023/06/cropped-favicon-150x150.png Arquivo de Economia - ONE Investimentos https://homologacao.investimentos.one/category/economia/ 32 32 Como investir em um mundo em transformação  https://homologacao.investimentos.one/economia/como-investir-em-um-mundo-em-transformacao/ https://homologacao.investimentos.one/economia/como-investir-em-um-mundo-em-transformacao/#respond Thu, 28 Sep 2023 13:19:16 +0000 https://homologacao.investimentos.one/?p=5349 Em um mundo interligado (seja pelos meios de comunicação e transporte cada vez mais eficientes ou pelas cadeias globais de valor interconectadas) e caracterizado pela progressiva ascensão de potenciais desafiantes à hegemonia dos EUA, a dinâmica das relações internacionais tem um impacto profundo nas decisões de investimento e nas perspectivas econômicas globais. Sobretudo nos últimos […]

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Em um mundo interligado (seja pelos meios de comunicação e transporte cada vez mais eficientes ou pelas cadeias globais de valor interconectadas) e caracterizado pela progressiva ascensão de potenciais desafiantes à hegemonia dos EUA, a dinâmica das relações internacionais tem um impacto profundo nas decisões de investimento e nas perspectivas econômicas globais.

Sobretudo nos últimos anos em que experimentamos um desgaste do processo de globalização à medida que temas de segurança internacional passam a ter precedência sobre o fluxo eficiente de bens e serviços. Isso fica evidente ao considerarmos, por exemplo, a crescente tensão comercial entre os Estados Unidos e a China que tem gerado repercussões imediatas nos mercados financeiros globais.

Neste cenário, vale explorar como as mudanças estruturais da política internacional podem redefinir as estratégias globais de investimentos, moldando o comportamento dos investidores e influenciando a estabilidade dos mercados financeiros a nível mundial. 

Qual o atual cenário? 

Atualmente, muito se discute acerca do possível surgimento de uma estrutura multipolar, na qual vários Estados competem por cada vez mais influência e recursos, em busca de se tornarem potências mundiais. Esse fenômeno é impulsionado, em grande parte, pelo crescimento econômico de países como a China e a Índia, que se tornaram cruciais no cenário internacional, para além da relevância geográfica e populacional (somados correspondem a quase 1/3 da população mundial). Isso cria um ambiente geopolítico complexo, com uma rede de alianças e rivalidades que influenciam diretamente os mercados financeiros. 

A ascensão da China, em particular, tem sido um ponto focal. O país asiático se tornou a 2ª maior economia do mundo e desempenha um papel vital nas cadeias de suprimentos globais (sendo considerada a “fábrica do mundo”).

Porém, em função da disputa cada vez mais acirrada, a China busca avançar sua indústria de semicondutores e reduzir a dependência de parceiros comerciais em relação ao dólar norte-americano. EUA e China estão aumentando seus gastos em defesa, cibersegurança, lançamentos espaciais e comunicações, fatores que têm impacto direto nos mercados financeiros globais. Ademais, à medida que essa reorganização econômica e geopolítica se desenrola, geografias como Índia, México e Sudeste Asiático podem ser beneficiados pelos esforços de reestruturação de empresas multinacionais. 

Por sua vez, os Estados Unidos, na busca por maior independência econômica e mitigação dos riscos na cadeia de suprimentos, tem explorado movimentos de “nearshoring” e “friend-shoring”. Esse processo envolve a busca de aliados e vizinhos para garantir o acesso a suprimentos estratégicos e atender às necessidades para manutenção e desenvolvimento da sua estrutura produtiva (a exemplo das tecnologias de energia limpa, carros elétricos, bateria e semicondutores). Tal circunstância tem o potencial de criar uma nova dinâmica nos mercados globais, sendo uma possível oportunidade para investidores explorarem este movimento e se beneficiarem com eventual realocação estratégica de recursos. 

Apesar dos argumentos a favor da multipolaridade, há quem defenda uma visão bipolar do poder global, com os Estados Unidos e a China se destacando como as duas principais (e únicas) superpotências1. Isso se baseia na ideia de que, apesar de existirem várias potências regionais em ascensão, as relações geopolíticas continuam sendo dominadas pela competição entre os Estados Unidos e a China e os eventos políticos entre ambos teriam um impacto preponderante nos mercados globais. 

Investindo em um Mundo de Incertezas 

Dada a complexidade das interações entre fatores internacionais e mercados financeiros, como os investidores podem tomar decisões informadas em um mundo tão incerto? A resposta está na diversificação e na análise cuidadosa. 

Diversificação: diversificar o risco é uma estratégia fundamental para lidar com a volatilidade do mercado. Ao investir em uma variedade de ativos, de diferentes classes e regiões geográficas, os investidores podem reduzir o impacto de eventos políticos específicos em seus portfólios. Uma abordagem equilibrada e descorrelacionada pode ajudar a minimizar perdas potenciais. 

Análise: uma análise cuidadosa é essencial. Isso inclui acompanhar as notícias políticas relevantes, entender as implicações econômicas de eventos internacionais e buscar orientação de profissionais financeiros. A análise fundamental de empresas e setores também desempenha um papel crucial na tomada de decisões de investimento. 

Horizonte de Investimento: Eventos políticos podem causar flutuações de curto prazo nos mercados, mas os investidores que têm um horizonte de investimento a longo prazo podem suportar essas oscilações. Em muitos casos, a volatilidade é temporária, e os mercados tendem a se recuperar ao longo do tempo. 

Conclusão 

Em um mundo multipolar ou mesmo em uma visão bipolar do poder global, eventos internacionais têm um impacto relevante na estratégia global de investimentos. A ascensão de potências globais, como a China, e as decisões políticas em constante mudança geram volatilidade nos mercados financeiros. No entanto, os investidores podem navegar nesse ambiente incerto por meio da diversificação, análise cuidadosa e uma visão de longo prazo. 

Embora seja impossível prever todos os movimentos da política internacional e seus efeitos nos mercados, estar bem-informado e adotar uma abordagem diversificada pode ajudar os investidores a tomar decisões mais sólidas e assertivas diante das adversidades. Afinal, as mudanças do cenário econômico e volatilidade dos mercados são uma constante, mas aqueles que se adaptam e se preparam podem colher bons frutos ao longo do tempo. 

Para isso, conte sempre com o apoio e assessoria da ONE Investimentos. 

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Desafios Econômicos Globais: Adaptação da Política Monetária em um Contexto de Mudanças Profundas https://homologacao.investimentos.one/economia/desafios-economicos-globais-adaptacao-da-politica-monetaria-em-um-contexto-de-mudancas-profundas/ https://homologacao.investimentos.one/economia/desafios-economicos-globais-adaptacao-da-politica-monetaria-em-um-contexto-de-mudancas-profundas/#respond Mon, 28 Aug 2023 16:05:21 +0000 https://homologacao.investimentos.one/?p=3587 Nos últimos anos, o mundo tem enfrentado uma série de desafios sem precedentes que abalaram as estruturas da economia global e trouxeram à tona a necessidade de uma nova abordagem da política monetária. Os desarranjos da oferta e demanda decorrentes da pandemia, seguidos por mudanças geopolíticas e da estrutura de comércio têm redefinido as interações […]

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Nos últimos anos, o mundo tem enfrentado uma série de desafios sem precedentes que abalaram as estruturas da economia global e trouxeram à tona a necessidade de uma nova abordagem da política monetária. Os desarranjos da oferta e demanda decorrentes da pandemia, seguidos por mudanças geopolíticas e da estrutura de comércio têm redefinido as interações econômicas globais, resultando, dentre outros aspectos, no ressurgimento da inflação (relativamente ausente desde 2008 e esquecida sobretudo pelos países desenvolvidos).

Apesar da reação dos bancos centrais (como previsto nos manuais de economia) de aperto da política monetária (ex. aumento dos juros) e respectivos avanços alcançados, a batalha contra a inflação ainda não está plenamente vencida, conforme discurso de Jerome Powell, presidente do FED, no simpósio de Jackson Hole1 e ilustrado pelos dados acima das metas em diferentes países (gráfico abaixo).

1 Jay Powell warns inflation ‘too high’ in Jackson Hole speech | Financial Times (ft.com)

A política monetária tradicional tem confiado nas regularidades passadas para moldar estratégias futuras. No entanto, a introdução de mudanças disruptivas no atual contexto levanta a questão de até que ponto essas regularidades podem continuar a guiar as políticas com eficácia. Se as dinâmicas atuais indicam uma nova era, então as abordagens tradicionais podem perder relevância e necessitar reavaliação das estratégias pelos bancos centrais.

Como destacado por Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, a atual conjuntura econômica demanda uma abordagem mais adaptativa e abrangente da política monetária. Exemplo disso é o fato de enfrentamos um cenário onde as dívidas públicas e privadas atingiram níveis elevados, tornando qualquer aumento nas taxas de juros uma preocupação fiscal significativa. Portanto a política fiscal também emergiu como um fator inflacionário relevante, alterando o trade-off entre a busca pela estabilidade financeira e a contenção da demanda agregada.

Historicamente, os choques eram mais previsíveis e centrados em aumentos ou reduções na demanda. No entanto, a diversificação dos choques — de demanda versus oferta, transitórios versus permanentes — torna a identificação de sua natureza mais desafiadora. Isso exige que os bancos centrais adotem uma postura mais humilde (para reconhecer o desconhecido) e abordagens modificadas que sejam resilientes às mudanças repentinas e inesperadas no cenário macroeconômico, conforme sugere Lagarde.

Ademais, como as políticas monetárias operam em meio a defasagens (os efeitos pretendidos não são imediatos), agir antes que os parâmetros do novo ambiente se tornem totalmente claros é uma necessidade premente. Além disso, incorporar as expectativas das famílias e dos agentes econômicos sobre a inflação futura é essencial para moldar as condições de demanda agregada e de preços dos ativos. Essa abordagem prospectiva é essencial, apesar de a compreensão completa dos efeitos das decisões só ser possível após o fato.

Um exemplo claro dos desafios trazidos pelos novos choques de oferta pôde ser visto na pandemia da COVID-19. Durante esse período, a escassez de insumos e interrupções nas cadeias de suprimentos levaram a pressões inflacionárias em alguns setores. A postura complacente de certos bancos centrais em relação a esses choques pode ter contribuído para catalisar o avanço da inflação em determinadas geografias. Uma abordagem adaptativa e proativa teria permitido respostas mais ágeis para conter tais pressões e manter as expectativas de inflação ancoradas.

Por sua vez, a estabilidade das expectativas de inflação é vital para manter a confiança dos consumidores e empresas. Um exemplo disso é o efeito que a incerteza inflacionária pode ter nas decisões de gastos e investimentos. Se as expectativas de inflação não estiverem ancoradas, os consumidores podem adiar compras e as empresas podem hesitar em investir, prejudicando assim a demanda agregada e, consequentemente, o crescimento econômico.

Neste contexto, os formuladores de políticas precisam adotar novos parâmetros que os ajudem a tomar decisões robustas sob condições de instabilidade. Em um mundo em constante transformação, a adaptação, conforme Lagarde, é chave para a formulação de estratégias que equilibrem a necessidade de estabilidade com a realidade de um cenário em mutação constante.

Dentre as grandes transformações atualmente em curso, podemos elencar as alterações no mercado de trabalho e na natureza das ocupações (com a forte recuperação da demanda por mão-de-obra após a pandemia e difusão da utilização de inteligência artificial), os impactos

ambientais decorrentes das mudanças climáticas e a transição para energias renováveis (gerando oscilações nos preços das commodities), além da divisão geopolítica e fragmentação da economia global em blocos concorrentes (ocasionando mudanças nos padrões de comércio e reconfiguração das cadeias globais de produção).

Conclusão

Diante da constante evolução do cenário global, os bancos centrais enfrentam o desafio de adaptar suas estratégias para manter a estabilidade econômica e financeira. As mudanças profundas nas interações econômicas, decorrentes de fatores como a pandemia, a transição energética e as tensões geopolíticas, exigem abordagens mais flexíveis e adaptativas das políticas monetárias. Priorizar a estabilidade das expectativas de inflação, agir de maneira prospectiva e adotar novos frameworks são passos cruciais para enfrentar tais desafios e moldar um futuro econômico mais resiliente e sustentável.

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Déficit Público https://homologacao.investimentos.one/economia/deficit-publico/ https://homologacao.investimentos.one/economia/deficit-publico/#respond Wed, 10 Mar 2021 18:16:31 +0000 https://blog.oneinv.com/?p=2524 Desde o começo do ano, o governo em conjunto ao Congresso, vêm discutindo formas de criar algum tipo de compensação nas contas públicas, devido aos gastos com o auxílio emergencial. O objetivo deste auxílio é ajudar trabalhadores informais que mais foram afetados economicamente pela pandemia do Covid-19. Tudo indica que este apoio será de quatro […]

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Desde o começo do ano, o governo em conjunto ao Congresso, vêm discutindo formas de criar algum tipo de compensação nas contas públicas, devido aos gastos com o auxílio emergencial.

O objetivo deste auxílio é ajudar trabalhadores informais que mais foram afetados economicamente pela pandemia do Covid-19. Tudo indica que este apoio será de quatro parcelas no valor de R$ 250,00.

Porém, para a equipe econômica, a conta não pode ser postergada em forma de Dívida Pública. Para isso, Paulo Guedes, Ministro da Economia, defende a aprovação da emenda à Constituição conhecida como PEC Emergencial.

O intuito é criar uma série de dispositivos que buscam impedir o desequilíbrio fiscal e que devem ser acionados sempre que os gastos públicos extrapolarem certos limites.

Quando as despesas do governo superam as receitas, temos o chamado Déficit nas contas públicas. Por outro lado, quando as receitas ultrapassam as despesas, ocorre um Superávit nas contas do União.

É imprescindível que o investidor entenda os impactos do Déficit Fiscal na sociedade, bem como, as consequências de uma Dívida Pública desenfreada. Afinal, ao debatermos sobre o dinheiro público, estamos falando dos recursos da população brasileira.

Entendendo o Resultado Primário

Provavelmente você já deve ter ouvido falar sobre o Resultado Primário. Se trata da diferença entre o que o governo gasta e o que arrecada, majoritariamente, através dos impostos. Quando há sobra de dinheiro arrecadado após o pagamento das contas, dizemos que houve um Superávit. Por outro lado, se o governo gasta mais do que arrecadou, dizemos que houve um Déficit e consequentemente um aumento na Dívida da União.

A situação brasileira vem piorando desde 2011. Cinco anos depois, em 2016, o “Teto de Gastos” foi aprovado em primeiro turno no Senado Federal. A decisão impôs uma limitação ao crescimento das despesas do governo brasileiro durante 20 anos. Em 2018 a situação começou a melhorar até que tivemos a pandemia. Por sua vez, houve um crescimento abrupto na situação das contas públicas.

Os impactos do Déficit Público

Como mencionado anteriormente, o Déficit acontece quando existem mais dívidas e despesas – por parte do governo – sendo pagas ao invés de receitas sendo arrecadadas num país.

O problema é que, um Déficit Público prolongado por várias décadas pode elevar a Dívida Pública de uma país a níveis alarmantes resultando, inclusive, em taxas de juros elevadas, hiperinflação, aumento dos impostos, crises econômicas etc.

Assim sendo, algumas atitudes o governo pode tomar quando a arrecadação é insuficiente:

  • Modernizar serviços para que se possa fazer mais gastando menos;
  • Reduzir os ativos ineficientes mantidos pelo governo como algumas empresas públicas;
  • Criar contribuições e aumentar os impostos;
  • Vender títulos públicos para empurrar a dívida para um futuro distante;
  • Imprimir dinheiro ou utilizar mecanismos semelhantes.

Em relação ao último, o problema de emitir moeda sem que a sociedade produza bens e serviços de mesmo valor, está no aumento de preços. Ou seja, há mais circulação de dinheiro do que bens e serviços para serem adquiridos e, consequentemente, gera inflação e desvalorização do dinheiro.

No momento em que há mais produção de riquezas pela sociedade, mais recursos podem circular pela economia sem gerar inflação. Quanto mais riqueza um país produz, mais seu governo pode arrecadar impostos ou até mesmo investir ou gastar. Além disso, quando empresas e trabalhadores produzem mais riquezas, menos estes ficam dependentes de serviços públicos.

A dívida e os títulos públicos

Os títulos públicos são títulos de dívida que foram criados para que os governos possam pegar recursos emprestados com sua população para fazer investimentos. Sendo assim, trata-se de um direito do detentor e um compromisso do governo de remunerar, na data de vencimento, o valor emprestado somado aos juros e correção.

No instante em que o governo gasta mais do que arrecada, se faz necessária a emissão de títulos para o pagamento de despesas correntes, gerando Dívida Pública e como já dito acima, altas taxas de juros, inflação, desemprego e demais consequências negativas.

Porém é necessário que o governo gerencie suas contas para equiparar as despesas com a arrecadação. Ou seja, sempre que a União for aumentar seus gastos em determinado setor, medidas devem ser tomadas para que o consumo seja proporcionalmente reduzido em outra esfera. Dessa forma, não haverá um aumento desenfreado da dívida nacional.

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